O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) critica a inércia do Estado face ao enraizamento do Crime Organizado em Moçambique, em particular os crimes de raptos e sequestros.
“Denunciamos [também] a apatia e o silêncio das instituições, com particular destaque para a Polícia da República de Moçambique e o Serviço Nacional de Investigação Criminal, ou o Estado no geral, que não está a ser capaz de fazer face ao crime organizado e dos raptos, em particular” disse André Mulungo.
Ele falava a propósito do rapto, na manhã de hoje, de um empresário português, na baixa da cidade de Maputo.
O activista recordou que ainda não ganharam corpo as promessas do antigo presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, e do actual, Daniel Chapo. Nyusi prometeu a criação da brigada anti-rapto, e Chapo e de uma unidade especial para cuidar dos raptos. “E nada está a acontecer”.
“Os raptores continuam a desafiar o Estado. Neste momento, o Estado está a soluçar nas mãos do crime organizado” disse.
Por outro lado, Mulungo disse que as pessoas até então detidas pela prática de raptos “não têm relevância”, sendo necessário que o Estado trabalhe para encontrar os cabecilhas. “Só assim é que se pode combater os raptos”.


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