Dados avançados indicam que, 46,7% de crianças em Nampula sofrem de desnutrição crónica, 2,9 % tem baixo peso à nascença e 9,1% padece de desnutrição aguda.
São dados consultados pela AIM e que colocam Nampula com as mais altas taxas de pobreza infantil do país, quer monetária quer multidimensional e, por isso, as crianças estão mais propensas a viver na pobreza do que os adultos.
Um cenário que já preocupa o Secretário de Estado para Nampula, Plácido Pereira, considera crítico o estado nutricional, apesar do grande potencial agrícola local.
“É do nosso domínio, que, apesar da província de Nampula dispor de enormes potencialidades agrícolas e grande potencial na produção pesqueira, ela apresenta uma das mais altas taxas de prevalência de desnutrição crónica que actualmente se situa em torno de 46,7%”, assinalou citado na publicação da AIM.
Segundo o governante, esta condição que resulta do facto de uma pessoa não receber nutrientes suficientes ao longo do tempo “afecta cerca de 38% de crianças menores de cinco anos de idade e é responsável por um terço das mortes das crianças nesta faixa etária, provocando problemas de saúde durante todo o seu ciclo de vida”.
O facto de a taxa de natalidade, na província de Nampula, ser cada vez mais crescente é, na opinião de Pereira, um desafio a considerar.
“Por outro lado, a taxa de natalidade é cada vez mais crescente, colocando desafio, como província mais populosa do país, no que concerne à produção e provisão de alimentos suficientes para garantir a segurança alimentar e nutricional de toda a população”.
Em Maio de 2019, foi lançado, em Nampula, um Plano de Acção Multissectorial para Redução da Desnutrição Crónica, abrangendo dez distritos onde a situação era descrita como crítica.
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