Moçambique registou 210 mortes devido à malária no primeiro semestre deste ano, menos um quarto face a igual período de 2022, numa altura em que o país se prepara para a vacinação contra a doença.
Os dados foram revelados nesta segunda-feira, pelo director do Programa Nacional do Combate à Malária em Moçambique.
“Registamos cerca de 210 óbitos contra 280 em igual período do ano passado”, disse Baltazar Candrinho, citado pela Lusa.
Segundo o responsável, entre Janeiro e Junho, o país registou ainda um aumento do número de casos de malária, com 7,2 milhões de casos contra 6,8 milhões registados em 2022.
“O aumento de casos está associado à falta de meios de prevenção da doença, além dos desastres naturais que afectam ciclicamente o país favorecendo o crescimento da população do mosquito”, referiu Candrinho.
Moçambique é um dos candidatos à recepção da vacina contra a malária, estando, neste momento, “dependente da decisão da OMS [Organização Mundial da Saúde] para iniciar a vacinação”, avançou ontem Pedro Aide, director científico do Centro de Investigação em Saúde da Manhiça (CISM) em Moçambique.
“Agora é só uma questão de quando é que este processo poderá iniciar cá em Moçambique e pelo que sabemos isto depende um pouco da disponibilidade das vacinas”, referiu Pedro Aide.
Em 14 de Julho, após um encontro com o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, admitiu a possibilidade de inclusão de Moçambique na Iniciativa de Vacinação contra Malária já no primeiro trimestre de 2024.
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