Moçambique quer apostar no gás natural para substituir o carvão

Moçambique quer apostar no gás natural para substituir o carvão

A exploração do gás natural na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, poderá ajudar os países da região de África Austral no processo de substituição do consumo de carvão por combustíveis ambientalmente mais saudáveis.

Este posicionamento foi defendido recentemente pelo Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, acrescentando que na região 60% de energia consumida é baseada em carvão e que, nesse contexto, o gás de Moçambique terá um papel importante na reversão deste cenário.

De acordo com as projecções da Agência Internacional de Energia, a procura global de energia vai continuar a crescer nos próximos 40 anos.

Para Max Tonela, no âmbito do compromisso internacional sobre descarbonização, poder-se-á verificar um incremento do consumo do gás natural a nível global nos próximos tempos.

“Por ser o combustível que, dentre os fosseis é o menos poluente, vamos também assistir a um incremento das energias renováveis que, infelizmente, ainda continua a ser uma fonte intermitente não firme”, disse Max Tonela.

De acordo com a fonte, Moçambique é um país com elevadas reservas de gás, que é usado tanto para o desenvolvimento nacional bem como para contribuir na redução global da emissão de dióxido de carbono.

O governante acrescentou ainda que o “Executivo” decidiu embarcar num processo de descarbonização do gás (reduzir os níveis de dióxido de carbono) usando uma tecnologia apropriada.

De recordar que o Plano de Desenvolvimento do Campo Golfinho/Atum da Área 1 tem em vista a instalação de uma fábrica com dois módulos de liquefação de gás natural em terra, em Afungi, distrito de Palma, província de Cabo Delgado, com capacidade de produção de 5,99 milhões de toneladas por ano (cinco ponto noventa e nove MTPA) por cada módulo, durante os 25 anos de vida útil do mesmo.

O combustível a ser produzido naquela unidade será comercializado no mercado internacional e internamente para alavancar a economia nacional.

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