As autoridades sanitárias moçambicanas registaram mais dois casos da doença varíola dos macacos, designada M-pox, no distrito do Lago, província do Niassa, Norte do País, o que faz com que o número de casos confirmados tenha subido de quatro para seis.
De acordo com um boletim diário sobre a varíola, emitido pela Direcção Nacional de Saúde Pública, as autoridades realizaram, nas últimas 24 horas, seis testes, dois dos quais positivos. Foram também identificados três novos casos suspeitos, que se encontram atualmente em isolamento domiciliário.
O boletim revela ainda que, pela primeira vez, há dois casos suspeitos no distrito de Milange, na província da Zambézia, Centro de Moçambique.
“Estes casos foram registados nas últimas 24 horas, sem histórico de contactos conhecidos. Até ao momento, o País já rastreou 27 contactos. Até à data, não foi registada nenhuma morte. Foram testadas 21 amostras e 27 contactos continuam a ser acompanhados”, lê-se no boletim.
Para além da Zambézia, a província de Tete é também motivo de preocupação e suspeita-se que os casos recentes possam ter sido importados do Maláui, dada a fronteira do Niassa com distritos malauianos como Likoma e Machinga.
Face à situação, as autoridades moçambicanas e a Organização Mundial de Saúde (OMS) têm estado a coordenar e o País tem recebido apoio técnico e recursos para a gestão e controlo da doença.
A varíola é uma doença viral, transmitida de animais para seres humanos, que foi identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo (RDC). O actual surto em África foi registado em 22 países, com mais de 26000 casos positivos da doença, resultando em 501 vítimas mortais.
(Foto DR)

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