O MISA-Moçambique submeteu, na manhã de hoje, em Maputo, uma petição ao Ministério Público, na qual exige acções mais enérgicas em relação aos crimes contra os profissionais da comunicação social, disse o Presidente daquela instituição de media, Jeremias Langa.
“Deixamos um outro documento que é uma queixa-crime contra desconhecidos. Fundamentalmente viemos deixar aqui um apelo ao Ministério Público para que, destas que são as suas atribuições que estão na Lei, faça uma investigação séria e profunda que nos permita chegar à verdade material, para sabermos em que circunstâncias, quem são os autores e quais são as motivações para o assassinato do nosso colega João Chamusse”, disse.
Langa falava a jornalistas por ocasião da marcha silenciosa sobre crimes contra Jornalistas, que teve como motim o assassinato, na quinta-feira, 14 de Dezembro, do Director Editorial do semanário Ponto por Ponto, João Chamusse.
O Presidente do MISA Moçambique revelou ainda que se apelou ao Ministério Público para evitar cair na tentação de, primeiro, deter indivíduos e daí iniciar a investigação do crime, inclusive chegar facilmente às verdades.
Recorde-se que a Polícia da República de Moçambique deteve, na quinta-feira (14), um pedreiro de 44 anos de idade, por suspeitar tratar-se do assassino de João Chamusse.
“Achamos que o esclarecimento deste assunto é importante para um clima de liberdades em Moçambique. Muitos profissionais da classe estão intimidados. Há uma certa retracção relativamente às liberdades, porque as pessoas não sabem quais foram as motivações para o assassinato de João Chamusse”, referiu.
Jeremias Langa entende que o esclarecimento do caso vai ajudar a opinião popular a determinar se crime está relacionado ao exercício da profissão, ou a outras causas.
“Enquanto isto não ficar esclarecido, obviamente, vamos ter um campo de suspensão, onde os profissionais da comunicação não vão estar à vontade”, notou.
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