O ministro da Agricultura, Ambiente e Pescas, Roberto Albino, desafiou o Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM) a acelerar a transformação do sector do caju, apostando na inovação e na qualidade como pilares para o fortalecimento da cadeia de valor deste produto estratégico para a economia nacional.
O apelo foi feito esta quarta-feira (15), durante uma visita de trabalho às instalações do IAM, no âmbito do ciclo de encontros com direcções e instituições tuteladas pelo ministério. Citado pelo portal Ngani, o governante avaliou o funcionamento interno do instituto e incentivou a equipa técnica a traduzir as políticas em resultados concretos.
“Precisamos de agir com coragem e determinação. O discurso do Presidente da República é um convite à reflexão e à mudança. A própria fusão de três ministérios no actual sector mostra que é tempo de fazer diferente e fazer melhor”, afirmou o ministro, ao dirigir-se aos quadros do IAM.
Durante a reunião técnica, o instituto apresentou o balanço da campanha 2024–2025, que superou as expectativas. O País produziu e comercializou pouco mais de 195 mil toneladas de castanha de caju, ultrapassando a meta inicial de 160 mil toneladas. Este crescimento, impulsionado por boas práticas agrícolas e pelo empenho dos produtores, teve impacto directo nas comunidades rurais, contribuindo para a melhoria das condições de vida de milhares de famílias.
Apesar dos avanços, Roberto Albino sublinhou que “a quantidade deve vir acompanhada da qualidade” e apontou como prioridade o fortalecimento da cadeia de valor da castanha de caju. O projecto de desenvolvimento da cadeia, com horizonte de execução entre 2025 e 2035, será liderado pelo IAM e visa gerar emprego, aumentar a competitividade e impulsionar a exportação de produtos transformados.
O governante recomendou ainda ao instituto a estudar as boas práticas de países líderes na fileira, como a Costa do Marfim, e a adaptar estratégias inovadoras à realidade moçambicana. Encorajou o uso de receitas próprias para financiar acções concretas, reduzindo a dependência do orçamento do Estado.
“Temos de fazer diferente com o que temos — e fazer bem”, concluiu o titular da pasta, reafirmando o compromisso do Governo em impulsionar a produção nacional e valorizar o potencial do caju moçambicano como um dos motores do desenvolvimento rural e das exportações.
(Foto DR)


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