“Mercado de capitais pode Capitalizar empreendedorismo”, considera Salim Valá

“Mercado de capitais pode Capitalizar empreendedorismo”, considera Salim Valá

O Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, considera que o mercado de capitais pode trazer um valor acrescentado na economia moçambicana e na promoção do empreendedorismo, pois está ainda a ser pouco utilizado como fonte de financiamento alternativo pelas empresas.

Intervindo durante a 3ª edição do ABSA “Affluent Quick Talks”, um evento virtual promovido pelo ABSA e que esteve subordinado ao tema “Investimento no Mercado de Capitais: Desafios e Oportunidades”,

Valá ajuntou que porque a BVM é de reduzida dimensão, com pouca liquidez e profundidade havendo, por isso, muito espaço para crescimento, inovação e expansão nos próximos 20 anos.

Durante a sua intervenção, o PCA da BVM focou os aspectos mais relevantes atinentes ao investimento no mercado de capitais, tendo destacado as realizações de relevo nos últimos anos, o impacto da crise económica exacerbada pela pandemia da Covid-19 e os desafios e oportunidades.

Na sua alocução, sublinhou as opções de investimento existentes, o porquê do investir em bolsa, quais os riscos desse investimento, o comportamento dos mercados accionista e obrigacionista, o que saber antes de investir em bolsa, como comprar acções cotadas na Bolsa, como um investidor consegue monitorar a execução da sua ordem, penalizações aquando do desinvestimento, e as empresas cotadas na bolsa e as principais tendências.

Das opções de investimento na BVM, Salim Valá relevou os produtos negociados na bolsa, nomeadamente, as acções, obrigações e papel comercial, mas que com a evolução do mercado poderá haver uma maior oferta (“green bonds”, “blue bonds”, obrigações de rendimento, certificados de depósito, entre outros instrumentos).

Sobre o investimento em Bolsa, foram focadas as vantagens da diversificação, rentabilidade, vantagens fiscais, o prestígio pessoal de ser acionista de grandes empresas e grandes projectos, mas também relevou os diversos tipos de riscos do investimento, comum a muitas das modalidades de investimento, mas que esses riscos podem ser minimizados com um maior conhecimento do mercado e das empresas por partes dos investidores, referindo ainda que um dos riscos equacionados (o risco de crise económica) é o que actualmente justifica a descida no valor do mercado accionista.

Ao nível do investidor, Salim Valá evidenciou a importância da poupança individual para o investimento em bolsa, do conhecimento sobre as empresas onde se quer investir, de como o investimento deve ser gradual e diversificado, e enfatizou que as acções são essencialmente um investimento de longo prazo.

O PCA da BVM terminou a sua apresentação referindo que investir na bolsa tem vantagens e riscos, e que as ameaças e as crises podem ser oportunidades soberanas de investimento, sendo essencial a criação de serviços especializados de produção e divulgação de informação bolsista ao mercado e aos investidores.

Exemplificou que há empresas que estão em franco crescimento num contexto de crise económica, como as ligadas a saúde, tecnologia, produção alimentar, logística de produção e distribuição e serviços financeiros.

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