Manifestações pós-eleitorais: CDD acusa polícia de ter matado 65 pessoas

Manifestações pós-eleitorais: CDD acusa polícia de ter matado 65 pessoas

O Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD), uma organização não-governamental (ONG) moçambicana, apresentou na Procuradoria-Geral da República (PGR) uma denúncia contra o Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique e o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), acusando os agentes da corporação de terem provocado a morte de 65 pessoas.

De acordo com a denúncia, citada pelo jornal Savana, as mortes aconteceram durante as manifestações contra os resultados das eleições gerais de 09 de Outubro.

Os incidentes ocorreram entre 21 de Outubro e 17 de Novembro de 2024, no período pós-eleitoral, avança-se no texto.

“Estranhamente, contra todas as expectativas, durante as manifestações, agentes da PRM tiveram diversas intervenções para repelir as manifestações, entretanto, nas suas intervenções, recorreram constantemente ao uso da força bruta, gás lacrimogênio, munições reais, assim como veículos pesados equipados com armamento de guerra”, acusa o CDD, na referida denúncia.

De acordo com a mesma publicação, os agentes da polícia, fortemente armados, dispararam cilindros de gás lacrimogênio e munições reais contra cidadãos indefesos e desarmados, avança-se no texto.

O CDD diz que a maioria das mortes, 30, aconteceu na província de Nampula, seguindo-se Maputo, 26, Tete, quatro, e Inhambane e Cabo Delgado, uma morte, cada.

Foram também vítimas da acção violenta da polícia 1.017 pessoas que contraíram ferimentos, das quais muitas foram vítimas de perseguições policiais.

 

(Foto DR)

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