A maior reserva de vida selvagem da África do Sul e algumas empresas locais estão a contestar os planos de um novo posto fronteiriço operado por privados, apenas para camiões, destinado a acelerar as exportações de minerais para os portos de Moçambique.

A Logistics Co., detida indiretamente pela African Infrastructure Investment Managers da Old Mutual Ltd., pretende criar uma rota em Komatipoort, a principal passagem terrestre da África do Sul para Maputo. O empreendimento vai situar-se no limite sudeste do Parque Nacional do Kruger, mais próximo da reserva do que a actual travessia.

“As nossas preocupações prendem-se com o impacto negativo que esta proposta terá no ambiente, na biodiversidade e na área protegida do Parque Nacional Kruger”, disse Isaac Phaahla, porta-voz da reserva.

O parque apresentou as suas preocupações no âmbito do processo de avaliação do impacto ambiental, acrescentou.

O novo posto fronteiriço proposto ajudaria a aliviar a pressão sobre o já existente, onde uma fila de camiões que transportam minério de ferro, crómio e carvão pode estender-se por 30 quilómetros. O congestionamento trouxe o caos à cidade de Komatipoort, uma vez que os camiões frequentemente permaneccem lingas horas num corredor de exportação cada vez mais importante para as empresas mineiras da África do Sul.

A Empresa de Logística quer construir uma área de estacionamento nos arredores de Komatipoort que terá instalações de imigração e alfândegas e melhorar as estradas de cascalho existentes que os camiões vão utilizar para seguir para um terminal ferroviário que construiu no lado moçambicano da fronteira.

“Todos os impactos negativos sugeridos podem ser mitigados para reduzir o impacto sobre o ambiente para um nível aceitável”, incluindo as preocupações levantadas pelos Parques Nacionais Sul-Africanos, a agência estatal que gere a reserva Kruger, de acordo com Hennie Jooste, Director de operações da empresa. (Bloomberg, via News24)