INGD antecipa acções para mitigar impacto do “El Nino” no sul do país

INGD antecipa acções para mitigar impacto do “El Nino” no sul do país

O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco e Desastres (INGD) anunciou estar a elaborar estratégicas para mitigar os efeitos do fenómeno climático El Nino, que poderá fustigar de forma acentuada as províncias de Inhambane, Gaza e Maputo, sul do país.

A informação foi partilhada nesta quinta-feira, no posto administrativo da Ponta d’Ouro, distrito de Matutuíne, província de Maputo, pela presidente do INGD, Luísa Meque, no último dia do II Conselho Coordenador, um evento de três dias durante o qual os participantes discutiram, aspectos ligadas a melhoria intervenção da instituição em caso de emergência.

Segundo o INGD, a concepção do plano de contingência, instrumento vital para o controlo dos eventos extremos, ainda continua refém da ante-visão climática, que, em princípio deverá ser conhecida próximo mês de Setembro.

De acordo com os dados do INGD indicam que o fenómeno é descrito como de risco que poderá caracterizar-se por secas severas e prolongadas, comprometendo a produção agrícola, situação que poderá também perigar a segurança alimentar e nutricional nas zonas mais vulneráveis.

“Sobre o El Nino, nós como instituição, estamos há um mês e meio a trabalhar e já temos algumas acções antecipadas ao longo das províncias da zona sul [do país], que são aquelas que vão sofrer de forma acentuada, com a previsão deste fenómeno El Nino. Sabemos que o El Nino é um evento de progressão lenta e estamos a adiantar a intervenção”, disse Luísa Meque.

Citada pela AIM, Meque reconheceu que o país transita para próxima época chuvosa com constrangimentos no que tange a levantamento conclusivo e reparação dos danos da época anterior, que fez mais de 300 mortes e afectou outras mais de 1,3 milhão de pessoas, deixando para trás um rasto desolador de destruição de infra-estruturas públicas e privadas, incluindo residências e campos produtivos.

Lamentou o facto de o país ainda continua a registar algumas regiões alagadas, o que desafia a instituição a aprimorar mecanismos da sua intervenção para mitigar os impactos nas regiões mais críticas.

“Estamos realmente preocupados porque gostaríamos de entrar para a próxima época chuvosa enquanto concluímos todos os danos, mas é difícil devido a conjuntura que o nosso país atravessa. Mas aos poucos temos vindo a fazer esforços para recuperação de algumas infra-estruturas”, realçou.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.