Inclusão financeira ainda constitui um desafio para o país – FSDMoç

Inclusão financeira ainda constitui um desafio para o país – FSDMoç

A inclusão financeira ainda é um desafio para Moçambique visto que a maior parte da população está fora do processo, apesar de já se registarem alguns avanços, segundo a Directora-Executiva do Financial Sector Deepening Moçambique (FSDMoç), Esselina Macome.

“Vemos que existe um nível de redução da exclusão financeira, mas ainda há um trabalho a fazer”, disse Macome.

Falando à margem da Conferência Novafrica-2022 sobre Desenvolvimento Económico, realizado há dias no concelho de Cascais, Portugal, a responsável explicou que a percentagem de moçambicanos que estão fora do sistema financeiro caiu de 60% em 2014 para 46% em 2019, o que ainda coloca o país numa das piores posições na região da África austral.

A responsável, que é também professora na Universidade Eduardo Mondlane, lembrou que o Governo lançou, em 2016, uma estratégia nacional de inclusão financeira, cuja primeira fase termina este ano, mas admitiu que faltam dados concretos sobre o impacto que esta forma tem na redução da pobreza.

“É uma pergunta que nós próprios estamos à procura de resposta. Para nós a inclusão financeira só faz sentido se impactar na qualidade de vida das pessoas, ou seja, retirando-as da pobreza”, afirmou Macome.

Acrescentou que “mas o que sentimos é que não temos instrumentos de medição, de dizer que fizemos isto e contribuiu na redução da pobreza neste nível. É neste contexto que o FSDMoç acaba de lançar um concurso para um estudo que avalie essa relação”.

Macome sublinhou que o programa vê a inclusão financeira de uma forma holística, que inclui uma aposta na educação, mas também no trabalho com as instituições financeiras para que adaptem os seus produtos ao mercado.

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