O governo vai avançar, em breve, com a definição de margens máximas de lucros nos materiais de construção, com vista a proteger o consumidor, preservar a ordem económica e contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do país.

Dentre os materiais a serem abrangidos por esta definição, destacam-se o cimento, ferro, chapa de zinco e outros tipos de produtos existentes na cadeia de valor do sector de construção, que, nos últimos anos, têm estado a registar uma grande diferença nos preços praticados em diversos pontos do território nacional.

A informação foi avançada, ontem em Maputo, pela directora nacional do Comércio Interno, no Ministério da Indústria e Comércio (MIC), Zulmira Macamo, no final de um encontro de balanço da recém-terminada quadra festiva.

Para o efeito, decorre, neste momento, a harmonização dos instrumentos necessários para a adopção da medida, havendo, igualmente, esforços de concertação com o sector privado e outras instituições do Governo.

“Trata-se de um esforço que visa permitir que os materiais de construção sejam também incorporados no regulamento de fixação de margens máximas de lucro para os produtos básicos, actualmente em vigor”, disse Zulmira Macamo, citada pelo jornal Notícias.

Segundo Zulmira Macamo, a medida vai assegurar que o consumidor não seja acometido por um quadro de corrosão do seu poder de  compra, num momento em que acontecem situações de prática reincidente pelos agentes económicos do aumento de preços, gerando distorção do mercado com impacto directo no cidadão.