Governo avalia impacto da segunda vaga da pandemia na economia moçambicana

Governo avalia impacto da segunda vaga da pandemia na economia moçambicana

O Governo está a avaliar o impacto da segunda vaga do Covid-19 na economia moçambicana. O objectivo é adoptar medidas que possam reduzir os efeitos negativos da doença nas metas de crescimento do país.

A garantia foi dada esta quinta-feira, em Maputo, por Enilde Sarmento, do Ministério de Economia e Finanças, no debate do tema “O primeiro ano da Covid-19 em Moçambique: Dinâmicas e implicações sócio-económica”, no âmbito da II Conferência Científica, organizada pelo Instituto Nacional de Saúde, em parceria com a Sociedade do Notícias, Rádio Moçambique e TVM.

Segundo ela, o Ministério da Economia e Finanças realizou, no ano passado, uma pesquisa sobre o impacto da pandemia a qual revelou ter havido uma redução no consumo das famílias por causa da fraca procura de bens e serviços.

“A redução do consumo foi originada pela diminuição dos rendimentos das famílias por conta do decréscimo da produção das empresas e de mão-de-obra. A população urbana foi a mais atingida”, disse.

Uma outra área severamente afectada, de acordo com a fonte, foi a de oferta, devido à redução da produção das empresas nacionais e das restrições dos países que têm relações comerciais consideráveis com o nosso país.

Por seu turno, Isabel Casimiro, em representação da Universidade Eduardo Mondlane, disse que a pandemia teve várias consequências negativas e os desafios que coloca têm impactos bastante diferenciados nos vários estratos da sociedade.

Alexandre Marrupi, do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), considera, por seu turno, que a pandemia do Covid-19 demonstrou a necessidade urgente do país ter dados actualizados que possam sustentar intervenções e respostas políticas bem concebidas.

Na ocasião, foi ainda referido que, com o objectivo de analisar os impactos desta pandemia na economia e na população moçambicana, o Banco Mundial está a apoiar a realização de uma série de inquéritos telefónicos de alta frequência, implementados pelo INE, actualmente focados nas áreas urbanas.

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