A governação norte-americana vai disponibilizar cerca de 1,8 mil milhões de euros a comunidades, estados e tribos para combaterem a poluição e desenvolverem energias limpas em zonas desfavorecidas.
O investimento é tido como o maior de sempre em questões de justiça ambiental.
O administrador da Agência norte-americana de Proteção do Ambiental, Michael Regan, afirmou citado pela imprensa internacional que o programa promete “transformar áreas desfavorecidas e sobrelotadas em comunidades saudáveis, resilientes e prósperas para as gerações atuais e futuras”.
O programa, financiado pela abrangente lei climática assinada no ano passado pelo Presidente, Joe Biden, destina-se a comunidades pobres “que têm sido negligenciadas e esquecidas” e que lutam para obter acesso a financiamento federal, explicou.
A lei climática autorizou a canalização de 3 mil milhões de dólares (cerca de 2,7 mil milhões de euros) para comunidades desfavorecidas e prejudicadas pela poluição, tendo (916 milhões de euros) sido já atribuídos.
Regan, o primeiro homem negro a liderar a Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (APA), fez da justiça ambiental uma prioridade e visitou uma série de comunidades pobres no sul, nos Apalaches e no Alasca, numa viagem a que chamou “Jornada da Justiça”.
Joe Biden tem sublinhado o seu compromisso para com a justiça ambiental, incluindo através da criação, em Abril, de um Gabinete de Justiça Ambiental na Casa Branca.
O programa de subsídios, que estará disponível imediatamente, será supervisionado pela unidade de Justiça Ambiental e Direitos Civis Externos da APA, que Regan criou no ano passado.
As subvenções destinam-se a organizações sem fins lucrativos e outros grupos locais, que farão parcerias com cidades, estados, tribos ou universidades para aumentar a resiliência e adaptação climática, mitigar “ilhas de calor” urbanas e incêndios florestais, monitorizar a poluição do ar e da água, reduzir os agentes tóxicos do ar interior e impulsionar os transportes com emissões zero, como bicicletas e veículos eléctricos.
Espera-se que cerca de 150 projectos recebam subsídios entre 10 e 20 milhões de dólares (entre nove e 18 milhões de euros) cada, disseram as autoridades.
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