Gigantes mundiais querem entrar na pesquisa de diamantes em Moçambique

Gigantes mundiais querem entrar na pesquisa de diamantes em Moçambique

Diversas empresas internacionais, algumas das quais consideradas gigantes mundiais na área de mineração, manifestam interesse em pesquisar diamantes em Moçambique.

O facto acontece numa altura em que o país está prestes a ser admitido ao processo Kimberley, um mecanismo mundial para o controlo da exploração e comercialização de diamantes.

Dados avançados recentemente ao “Notícias” pelo Secretário Executivo da Unidade de Gestão do Processo Kimberley, Castro Elias, indicam que já foram emitidos no país perto de 47 licenças para a prospecção e pesquisa de cristais.

Entretanto, existem igualmente 70 novos pedidos que estão a seguir os seus trâmites legais para a obtenção de licença.

Castro Elias explicou que algumas das empresas internacionais que querem entrar em Moçambique já têm informação geológica da ocorrência de diamantes, embora estejam conscientes de que não podem avançar agora, uma vez o país não ser ainda membro do processo Kimberley.

“O exemplo das empresas que querem entrar são as companhias russas. Muitas delas têm informação de qualidade porque, como se sabe, depois dos anos 1975, a Rússia teve muitos técnicos em Moçambique que trabalharam na área de prospecção e pesquisa e eles detêm essa informação sobre a geologia do país”, sustentou.

Reiterou que estas companhias só estão à espera da admissão de Moçambique, o que poderá ocorrer em Dezembro deste ano, para poderem iniciar a prospecção e pesquisa.

Castro Elias disse acreditar que a entrada de muitas destas empresas no mercado nacional vai proporcionar muitos empregos para as comunidades locais.

É que, segundo argumentou, para as actividades de pesquisa, as empresas para além das infraestruturas de abastecimento de água, criam ou melhoram as vias de acesso entre outras que acabam por beneficiar a população.

“Além destes benefícios, o imposto que é pago e as descobertas podem propiciar mais exportações e tudo isso hoje não se pode ganhar porque Moçambique não é membro do processo Kimberley”, referiu.

Dados disponíveis apontam para uma potencial ocorrência de diamantes ao longo dos rios Limpopo e Save, uma área em Tete e bem como na bacia de Maniamba e no Lago, na província do Niassa.

“São essas áreas onde as empresas estão a pedir as licenças e felizmente tivemos o caso de Massangena, onde foram identificados cristais que estão neste momento guardados num banco nacional à espera da adesão do país no processo Kimberley para poderem ser movimentados”, indicou o secretário executivo do processo Kimbeley.

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