EUA podem ceder reservas de petróleo para conter alta dos preços de energia

EUA podem ceder reservas de petróleo para conter alta dos preços de energia

Os Estados Unidos podem anunciar, hoje, um empréstimo das suas reservas de emergência de petróleo bruto, como parte de um acordo com os principais consumidores de energia asiáticos.

A chamada “troca” da Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA (SPR)” deve ser anunciada numa acção coordenada entre vários países.

A medida visa reduzir os preços da energia, na sequência da rejeição, por parte da OPEP+, dos reiterados pedidos do Governo norte-americano e de outras nações consumidoras, para aqueles desbloquearem o petróleo e atender à crescente demanda.

Entretanto, ainda não se sabe que quantidade ser liberada pelos EUA. Apesar disso, os analistas estimam que uma liberação combinada de petróleo dos Estados Unidos e de outros países poderia ser “da ordem de 100-120 milhões de barris ou mais.”

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está a lidar com baixos índices de aprovação, devido aos altos preços da gasolina e outros itens de consumo na recuperação da pandemia do coronavírus. Isto representa uma ameaça para si e seu partido antes das legislativas do próximo ano.

Estes esforços dos EUA em unir as principais economias asiáticas a fim de mudar o rumo do gráfico dos preços do crude são também formas de alertar os principais produtores para liberarem mais petróleo e assumir as preocupações com os altos preços dos combustíveis nas grandes economias.

A OPEP+, que reúne a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados, incluindo a Rússia, tenciona reunir-se a 02 de Dezembro para discutir a política de produção.

Os actuais preços altos não foram causados ​​por uma interrupção no fornecimento, mas sim por uma recuperação na demanda global de energia a partir das baixas ocorridas durante os bloqueios nos primeiros dias da crise do coronavírus.

A OPEP+ tem adicionado cerca de 400.000 barris por dia ao mercado mensalmente para atender à crescente demanda, mas tem resistido aos apelos de Biden por aumentos mais rápidos, argumentando que a recuperação da demanda pode ser frágil.

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