SADC reaffirms "non-alignment" on conflicts outside the southern region and Africa

SADC reafirma “não-alinhamento” sobre conflitos fora da região Austral e de África

A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) reafirmou ontem em Windhoek, Namíbia, a posição de “não-alinhamento” sobre conflitos fora da região e do continente africano.

“A cimeira adoptou o projeto de Declaração da União Africana sobre a proposta ‘Lei de Combate às Actividades Malignas Russas em África’ dos EUA, e instou os Estados-membros a comunicarem a posição da SADC, e reafirmou a posição de não-alinhamento sobre conflitos fora do continente e da região em fóruns multilaterais”, declararam os líderes da SADC, no final de uma reunião na capital namibiana.

No encontro do Órgão sobre Política, Defesa e Segurança da SADC, os chefes de Estado da Namíbia, Zâmbia, África do Sul e República Democrática do Congo (RDCongo) elogiaram ainda o processo de reformas do primeiro-ministro do reino do Lesoto, Ntsokoane Samuel Matekane, instando por outro lado o Governo do reino de Essuatíni (antiga Suazilândia) a iniciar “urgentemente” um “diálogo nacional”, apelando a “todas as partes interessadas” no reino vizinho à África do Sul a “manterem a calma e a participar pacificamente no diálogo nacional”.

“A cimeira condenou todos os homicídios e danos materiais no reino de Essuatíni, reiterou a condenação da SADC do homicídio do senhor Thulani Rudolf Maseko, um importante advogado de direitos humanos e activista político (…), e instou o Governo do reino de Essuatíni a realizar uma investigação rápida, transparente e abrangente sobre o assassinato do senhor Maseko”, lê-se no comunicado da organização.

Sobre a insegurança no RDCongo, o documento salientou que “a cimeira notou com profunda preocupação a situação de segurança instável na parte oriental da República Democrática do Congo” e “condenou veementemente o recrudescimento de conflitos e actividades de grupos armados, incluindo os rebeldes M23 e o apoio prestado a grupos armados por forças estrangeiras”.

“A cimeira resolveu iniciar o diálogo entre os Estados-membros das diferentes Comunidades Económicas Regionais (CER) que têm destacado forças na RDCongo com vista a estabelecer e implementar mecanismos para a coordenação eficaz das suas intervenções”, frisou.

Além dos Presidentes da Namíbia, Zâmbia, África do Sul e RDCongo, participaram na cimeira extraordinária da Troika do Órgão sobre Política, Defesa e Segurança da SADC, os chefes de Governo do Lesoto e de Essuatíni.

A República de Moçambique fez-se representar pelo ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Artur Chume, segundo o comunicado final, a que a Lusa teve acesso.

O encontro contou também com a participação do chefe da missão militar da SADC em Moçambique (SAMIM), indicou a nota.

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