Dívida da África subsaariana subiu mais de 140% entre 2012 e 2022

Dívida da África subsaariana subiu mais de 140% entre 2012 e 2022

Um relatório do Banco Mundial (BM) revela que a dívida pública das economias da África subsaariana aumentou de 189 mil milhões de dólares para 462 mil milhões de dólares, entre 2012 e 2022. Esse aumento, na ordem de 273 mil milhões de dólares, corresponde a uma subida de 144.4% ao longo de uma década.

Em porcentagem do Produto Interno Bruto, no mesmo período de análise, a média da dívida externa passou de 17 para 28.

“A dívida pública parece estar a estabilizar, mas em níveis elevados, mas mantendo os riscos de incumprimento e endividamento que têm marcado as economias africanas nos últimos anos”, lê-se.

Estes aumentos foram acompanhados de uma mudança para credores não tradicionais, incluindo Eurobonds, e dívidas bilaterais com credores fora do Clube de Paris, em particular a China, notam os economistas do BM.

Os dados constam do trabalho divulgado na véspera dos encontros anuais de primavera entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o BM.

“Os riscos de sobre-endividamento da África subsaariana subiu significativamente em resultado de mais endividamento em termos menos concessionais”, devido ao aumento do recurso de emissões de dívida e uma redução dos empréstimos dos países e das instituições multilaterais de desenvolvimento que, tradicionalmente, concedem empréstimos a taxas de juro menores e maturidade maiores do que os empréstimos da banca comercial.

O risco de sobre-endividamento dos países de baixo rendimento aumentou, e metade dos países, incluíndo os lusófonos com expepção de Angola e Guiné Equatorial, estão nessa situação ou têm iminente risco de chegar a essa situação.

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