DIA DA COMMONWEALTH

DIA DA COMMONWEALTH

A 11 de março, cerca de 2,5 mil milhões de nós vão celebrar juntos a família da Commonwealth. 75 anos após a Declaração de Londres, juntar-me-ei às muitas nações, religiões e comunidades numa celebração na Abadia de Westminster.

Eu ocupava o cargo de Primeiro-Ministro quando a Commonwealth aprovou uma nova Carta, um marco na história da nossa família. Pela primeira vez, tivemos um documento único que estabelecia os nossos valores fulcrais e metas partilhadas.

Hoje, enquanto Secretário de Estado para os Assuntos Externos, quero que a nossa família de nações trabalhe em parceria para defender estes valores e cumprir estas metas. Orgulho-me do trabalho desenvolvido pelos membros da Commonwealth em parceria, em domínios que vão do Estado de direito à proteção do ambiente.

Estamos unidos através das nossas inúmeras ligações, e a nossa diversidade incrível inspira-nos. Isto confere-nos uma voz forte e respeitada no mundo, capaz de fazer frente aos desafios globais. Significa que todos os nossos cidadãos podem beneficiar da pertença a esta família no seu quotidiano.  

Graças aos nossos fortes laços, o custo das trocas comerciais entre membros da Commonwealth é 20% inferior aos custos das transações com países que não são membros da Commonwealth.

Demos passos muito importantes nos últimos anos no que respeita à capacitação de mulheres e raparigas, apoiando 4000 empresas pertencentes a mulheres em toda a Commonwealth para se tornarem mais competitivas.

E estamos a trabalhar intensamente para promover os nossos valores. A Commonwealth uniu-se para apoiar a Guiana quando este país foi ameaçado. E as missões da Commonwealth têm observado dúzias de eleições desde que aprovámos a nossa nova Carta.

Os laços que a nossa família partilha são ainda mais importantes quando enfrentamos grandes desafios à escala global. Acredito que isto se aplica em especial aos nossos membros que são pequenos países insulares. A nossa Carta reconheceu as necessidades específicas destes países no fortalecimento da sua resiliência, designadamente face às alterações climáticas. Este desafio global impacta estes estados de uma forma relativamente mais forte, dada a sua geografia.

Quando estamos com mais dificuldades, é para as nossas famílias que nos viramos. Quero que estes estados saibam que podem recorrer à sua família da Commonwealth hoje.

Este ano, temos uma oportunidade importante. Os Chefes de Estado da Commonwealth vão reunir-se pela primeira vez num país insular do Pacífico, na Samoa, em outubro próximo. Esta reunião terá lugar alguns meses após a Conferência dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento da ONU, realizada uma vez por década, que terá lugar em Antígua e Barbuda em maio próximo.

Estes países já estão a tirar partido do poder da natureza para fazer frente às causas e impactos das alterações climáticas. Basta olharmos para a Papua-Nova Guiné, que está a proteger algumas das florestas mais importantes do mundo, das quais todos dependemos. Ou consideremos os dezasseis pequenos estados insulares da Commonwealth que trabalham no âmbito da coligação global que está empenhada em proteger pelo menos 30% dos oceanos do mundo até 2030.

Podemos oferecer muito mais apoio a estes esforços. O Reino Unido vai duplicar o seu fornecimento de financiamento internacional para o clima. E, no outono passado, o Primeiro-Ministro deu a nossa maior contribuição de sempre para o Fundo Verde para o Clima, o maior fundo global de apoio aos países em desenvolvimento para dar resposta às alterações climáticas.

Isto vai ajudar. Mas o maior desafio que estes países enfrentam é no acesso ao financiamento internacional propriamente dito. Apesar de terem um nível reduzido de emissões e de estarem especialmente expostos à ameaça das alterações climáticas, recebem uma percentagem minúscula desse financiamento.

Muitos destes países disseram-me na COP: “Continuamos a ouvir anúncios sobre o financiamento verde, mas parece tão difícil ter acesso ao dinheiro e obter financiamento para os projetos.” E é esta a situação que eu quero corrigir.

Um polo dedicado à Commonwealth ajudou a mobilizar desde 2016 mais de $310 milhões de financiamento climático para os nossos membros que são pequenos países insulares. Este ano, como membros da mesma família da Commonwealth, vamos tirar partido deste facto e ir muito mais longe.

A Grã-Bretanha tem uma influência especial enquanto grande doador dos grandes fundos e bancos multilaterais para o desenvolvimento. Estamos a trabalhar de forma particularmente estreita com estes bancos para aumentar em centenas de milhares de milhões de dólares o financiamento que estas entidades disponibilizam aos países em desenvolvimento.

Mas todos os membros podem desempenhar algum papel. Muitos de nós são doadores. Outros têm experiências para partilhar no acesso ao financiamento desses fundos e bancos, e na melhor aplicação desse financiamento no terreno.

Este ano, na Samoa, vamos poder mostrar a esses países e aos nossos outros membros que são pequenos estados insulares qual o verdadeiro significado da Commonwealth. Uma associação eficaz. Uma rede única. Uma fonte fiável de apoio. Em suma, uma família.

POR: SUA EXCELÊNCIA, LORD CAMERON, SECRETÁRIO DE ESTADO BRITÁNICO PARA OS ASSUNTOS EXTERNOS, A COMMONWEALTH E O DESENVOLVIMENTO

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