CSI denuncia nível recorde de violações dos direitos laborais

CSI denuncia nível recorde de violações dos direitos laborais

As violações dos direitos dos trabalhadores atingiram níveis “recorde” entre Abril de 2021 e Março de 2022, alerta a Confederação Sindical Internacional (CSI), num relatório ontem publicado.

Em 50 dos 148 países abrangidos pela nona edição do “Global Rights Index”, os trabalhadores foram submetidos à violência física. Em 2021 foram 45 países.

O relatório regista ainda o assassínio de sindicalistas em 13 países, entre os quais se incluem a África do Sul, Itália e Índia.

A Europa não está imune a esses abusos, registados em 26% dos países do continente (contra 12% anteriormente).

“Os trabalhadores estão na linha de frente de uma série de crises extraordinárias: níveis históricos de desigualdade, emergência climática, pandemia (…) e conflitos com efeitos devastadores”, lista a secretária-geral da CSI, Sharan Burrow.

Com isso, “os principais indicadores de violação desses direitos atingiram níveis recordes”, lamenta.

Entre as empresas, o CSI tem como alvo em particular os gigantes Coca-Cola em Hong Kong e Uruguai, H&M na Nova Zelândia, Amazon na Polónia, Nestlé no Brasil ou Hyundai na Coreia do Sul.

Com 87% dos países cobertos pelo relatório tendo violado o direito à greve e 77% dos Estados tendo privado os trabalhadores do seu direito de formar ou aderir a um sindicato, as violações foram registadas nos quatro cantos do globo.

Sancionada com uma pontuação média de 4,53, a região de Mena (Médio Oriente e Norte da África) continua a ser em 2022 a “pior” do mundo em direitos dos trabalhadores, segundo a lista de seis níveis da CSI.

Entretanto, como forma de mudar o cenário, a Organização Internacional de Empregadores, citada pela AFP recomenda aos governos para que cumprem convenções da Organização Internacional do Trabalho.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.