Depois de dois anos de recuperação da recessão de 2020, a economia mundial estabilizou num planalto de crescimento pouco acima de 3%, de onde não deverá conseguir sair num horizonte de cinco anos, avisa o World Economic Outlook, publicado esta terça-feira (16) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

Segundo o FMI, citado pelo jornal português Expresso, a China, fragmentação geoeconómica e endividamento público dificultam a descolagem.

O crescimento económico mundial vai marcar passo em 3,2% até 2025 e o horizonte a cinco anos é de que o avanço anual do Produto Interno Bruto (PIB) global não deverá desviar-se desse patamar nos próximos cinco anos, o nível mais fraco registado desde há várias décadas. A previsão é do Fundo Monetário Internacional (FMI) e foi publicada esta terça-feira no World Economic Outlook (WEO), no âmbito da assembleia de primavera do FMI, que decorre até sexta-feira na sede da organização, em Washington DC, nos Estados Unidos.

Contudo, a economia mundial demonstrou “resiliência”, diz o FMI, pois evitou o prolongamento da recessão de 2020 ou um mergulho numa situação de estagflação (estagnação económica com inflação alta), como alguns analistas mais pessimistas previram. Mas a descolagem que registou em 2021 e 2022, com um crescimento médio de 5% ao ano, acabou por esgotar-se e obrigou a economia mundial a ter de fazer uma “aterragem suave” num planalto onde, entre 2023 e 2028, só deverá conseguir crescer pouco acima de 3% ao ano. O que vai contrastar com uma média de 3,8% entre 2000 e 2019, mesmo incluindo a recessão de 2009.