A petrolífera italiana ENI e seus parceiros assinaram, ontem em Maputo, a Decisão Final de Investimento (DFI) para a implementação do projecto de Gás Natural Liquefeito (GNL) Coral Norte, localizado na Área 4 da Bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado.

O projecto está orçando em mais de 7,2 mil milhões de dólares americanos, e deverá produzir aproximadamente 3,5 milhões de toneladas de GNL por ano e 4.300 barris de condensado por dia durante aproximadamente 30 anos.

Os termos do DFI foram assinados por Marica Calabrese, CEO da Eni Rovuma Basin; Ludovina Bernardo, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos; o Presidente e Gerente Geral da China National Oil and Gas Exploration and Development Corporation (CNODC), He Wenyuan; o Director Sénior da Korea Gas Corporation (KOGAS) Moçambique, Ju Moon Sung; e o Director de Gestão de Activos Internacionais da XRG, Bassem Tadros.

O evento foi testemunhado pelo Presidente da República Daniel Chapo, e pelo CEO da Eni, Cláudio Descalzi.

Ao longo da vida útil da exploração da Coral Norte FLNG, Moçambique deverá arrecadar cerca de 23 mil milhões de dólares em receitas fiscais, recursos que, segundo o Presidente da República, serão aplicados em sectores estratégicos como agricultura, infra-estruturas, educação, saúde e programas sociais. No entanto, o valor global, incluindo do Coral Sul FLNG, está estimado em 39 mil milhões de dólares.

“Este projecto não é apenas uma obra de engenharia; é uma obra de esperança para o povo moçambicano”, disse Chapo.