Contributo da Indústria Extractiva no PIB nacional cresce 8.8% em uma década

Contributo da Indústria Extractiva no PIB nacional cresce 8.8% em uma década

O contributo da Indústria Extractiva para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional cresceu 8.8% em cerca de uma década, passando de 1.8%, em 2011, para perto de 10.6%, em 2022, anunciou, hoje, o Presidente da República (PR).

“Em Moçambique, a indústria extractiva conheceu um crescimento significativo, tendo passado de 1.8% do PIB em 2011, para perto de 10.6% em 2022”, revelou, Filipe Nyusi, durante o discurso de abertura da XV Conferência e Exposição de Mineração e Energia.

Segundo o PR, esse crescimento espelha o desenvolvimento do projecto de exploração de carvão em Moatize, na província de Tete; de areias pesadas em Moma, Nampula;  de Pebane, na Zambézia; e Chibuto, em Gaza; bem como dos projectos de rubi e grafite, na província de Cabo Delgado; do empreendimento de gás natural de Inhassoro, na província de Inhambane; e do projecto de desenvolvimento de Gás Natural Liquefeito (GNL) no mar (Mozambique LNG) “que já exporta GNL desde o último trimestre do ano transacto”.

Nyusi notou ainda que o primeiro impacto do sector extractivo incide sobre as exportações, com efeitos sobre as redes de Pequenas e Médias Empresas, de fornecimento de bens e serviços, cujo universo é estimado em 229.680 produtores no país.

Num outro desenvolvimento sobre o papel de Moçambique na transição energética, o PR destacou o início de fornecimento de grafite de Balama, em Cabo Delgado, a uma empresa norte-americana de produção de baterias para carros eléctricos. Esse plano deve concretizar-se ainda este ano.

“Esse é um indicativo do alcance e importância crescente dos minerais estratégicos no futuro”, disse Nyusi, reconhecendo, no entanto, que o maior problema reside no facto de as oportunidades para a retenção do alto rendimento dessas explorações estarem no mercado internacional, “fora do continente, facto que se afigura contrário às intenções de industrialização no país”.

“Gostaria que a conferência trabalhasse no sentido de os investidores começarem a pensar em transformar tudo aqui [no país]. E isso facilita porque os custos serão menores, mas também porque vão dar a sua contribuição para empregar mais moçambicanos. Há condições para isso em Moçambique”, instou.

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