​Corrupção na casa: Razaque Manhique lança ofensiva contra dirigentes de Maputo

​Corrupção na casa: Razaque Manhique lança ofensiva contra dirigentes de Maputo

Combater a corrupção entre os dirigentes é a maior promessa do novo autarca de Maputo

O novo Presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo destacou, na quarta-feira, o combate à corrupção na nata dos dirigentes da urbe como a “linha dura” do ciclo de governação que se inicia. 

“Uma cidade que se pretenda próspera não se desenvolve com corrupção, e tal menos com elementos corruptos, pelo que, é nossa responsabilidade lutar contra ela e suas diversificadas formas de actuação”, disse Razaque Manhique, durante o discurso de praxe após o cerimonial de empossamento ao cargo.

Ele referiu que nos próximos cinco anos a governação municipal vai se assentar em seis pilares, nomeadamente: boa governação; desenvolvimento sustentável; desenvolvimento social e humano; desenvolvimento económico e promoção de emprego; desenvolvimento de infraestruturas económicas, sociais, prestação de serviços básicos ao munícipe, gestão sustentável dos solos urbanos; e cooperação intermunicipal e internacional.

Manhique destacou o domínio da boa governação e, praticamente, cingiu-se no combate à corrupção entre os dirigentes e funcionários do município.

“Um dirigente ou um funcionário corrupto destrói a economia da nossa cidade”, notou.

“Caros senhores, na cidade de Maputo não existe a vez de ninguém, todos nós somos iguais e devemos gozar dos mesmos direitos e deveres”, Razaque Manhique.

De acordo com o novo autarca de Maputo, em breve, serão nomeados novos quadros seniores do município que se pretendem exímios no trabalho junto dos munícipes.

“O nosso Estado não é lugar para enriquecimento. Todo aquele que pretende o enriquecimento não deverá ser do Estado. Queremos dirigentes íntegros capazes de sentir o sofrimento da nossa população. Não iremos tolerar acções corruptas”, frisou.

Ciente de que o combate à corrupção é uma batalha ferrenha para ser unilateral, Manhique pediu apoio de instituições de direito e de justiça do Estado, bem como da população. “Pedimos para que trabalhem connosco, apoiem-nos e vigiem-nos”.

“Sim. É difícil combater a corrupção. Temos consciência disso. Mas o dever pátrio revela-nos que aqueles que dela se beneficiam são tão poucos em relação à vontade popular. Pelo que, juntos temos a certeza que vamos combater, ainda que os primeiros a tombarem nessa luta sejam os nossos mais altos quadros e dirigentes municipais. Contamos com o apoio da nossa população para que a nossa luta seja firme e logre sucesso”, disse.

No mesmo capítulo discursivo, apelou ao exercício abnegado de funções entre os funcionários municipais, de modo que se erradique o hábito de fazer os munícipes rodarem nas instituições sem alguma solução ou resposta adequada às inquietações.

“O venha amanhã, venha amanhã, venha amanhã, porque o Chefe ou Director não está ou o Presidente ainda não assinou, não deve ser apanágio no nosso Conselho Municipal”, disse.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.