Moçambique vai realizar as VII eleições gerais amanhã, 09 de Outubro e, à medida que as horas escasseiam para o início das votações, ainda há observadores eleitorais internacionais sem credenciação para acompanhar o escrutínio. Isto ocorre numa altura em que as autoridades eleitoras afirmam que está tudo controlado para o decurso normal das eleições.
Refere o Zitamar que uma das organizações não credenciadas é a Brenthurst Foundation.
Citado pelo portal, o autarca de Quelimane, na Zambézia, Manuel de Araújo, referiu que diversas organizações internacionais de observadores eleitorais não poderão escalar o país porque não obtiveram o visto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.
Ele acredita que assim estão criadas as condições para se desacreditar na transparência do processo.
A Zambézia é um dos maiores palcos de falcatruas eleitorais. E, no que respeita à credenciação, até mesmo o Centro de Integridade Pública, uma organização moçambicana, teve o seu processo atrasado. Outra organização internacional, a More Integrity, requisitou 280 credenciais, mas a Comissão Provincial de Eleições concedeu apenas 45. A organização prometeu tomar medidas legais contra a comissão por não emitir credenciais para os seus observadores eleitorais no prazo legal, citando “situações logísticas”.
Há uma semana, a Comissão Nacional de Eleições anunciou que já havia credenciado mais de 7.000 observadores nacionais e 228 observadores estrangeiros, mais de 1.200 jornalistas nacionais e um jornalista estrangeiro.
A missão de observação eleitoral da União Europeia (UE) foi credenciada com mais de 170 observadores. A Southern African Development Community também lançou sua missão de observação, composta por 97 pessoas. Outra missão do International Republican Institute, sediado nos EUA, deve ser autorizada para observar as eleições.
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