O Presidente da República, Daniel Chapo, afirmou, ontem, em Maputo, que estão reunidas as condições para a concessionária da Área 1, na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, levantar a “Força Maior”.
A francesa TotalEnergies declarou “Força Maior” em Abril de 2021, na sequência de ataques terroristas próximo das suas instalações. Desde então as operações ficaram suspensas. Empresas foram recomendadas a dispensar pessoal devido às incertezas do período de reinício da actividades.
O Chefe de Estado referiu que a presença de forças militares do Ruanda, país com o qual Moçambique assinou o acordo militar SOFA, visando o apoio e capacitação para o combate ao terrorismo, garantem a condição necessária para se avançar com o projecto de gás natural liquefeito, avaliado em 20 mil milhões de dólares americanos.
O SOFA “confirma a presença das forças ruandesas na província de Cabo Delgado, pelo menos durante o período de construção do projecto Mozambique Rovuma LNG… sendo o objectivo final a capacitação das nossas forças para a manutenção da segurança de forma independente. Por isso, afirmamos que estão reunidas as condições para o levantamento da Força-Maior e aguardamos a breve trecho o pronunciamento da concessionária da Área 1, do projecto Mozambique LNG” disse.
Daniel Chapo falava no evento da apresentação da Decisão Final de Investimento do projecto Coral Norte, a ser desenvolvido pela Eni Rovuma Basin, para exploração e produção de gás natural liquefeito, na Área 4 da Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado.
A indicação de Chapo segue-se aos pronunciamentos do CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, sobre estar em negociações com o Governo moçambicano para acomodar novas condições que deverão ditar a retoma do projecto, na melhor expectativa, em 2029.
A província de Cabo Delgado regista um recrudescimento de ataques de grupos rebeldes desde Julho. Sé este ano, até finais de Agosto, foram registados 500 ataques terroristas, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).

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