Cabo Delgado: Exxonmobil diz que a segurança está a melhorar, mas não avança datas para retoma do projecto

Cabo Delgado: Exxonmobil diz que a segurança está a melhorar, mas não avança datas para retoma do projecto

O director-geral em Moçambique da petrolífera americana ExxonMobil, Arne Gibbs, afirmou que as condições de segurança na província de Cabo Delgado, especialmente nas regiões onde estão a ser realizados projectos de gás natural liquefeito (GNL), estão a melhorar em relação aos anos anteriores.

A ExxonMobil está a liderar a construção e a operação de todas as futuras instalações de liquefação de gás natural e instalações relacionadas para o bloco de águas profundas da Área 4 ao largo da costa de Cabo Delgado, operado pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture detida pela ExxonMobil, a empresa italiana de energia ENI e a CNPC da China.

Falando após uma audiência que lhe foi concedida na quarta-feira na cidade de Pemba, pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, Gibbs frisou que a situação é melhor do que era há alguns anos atrás. “Reconheço o que as Forças de Defesa e Segurança já fizeram aqui em Cabo Delgado. É certo que ainda temos alguns problemas e questões, mas quero felicitar as Forças de Defesa e Segurança pelo que já fizeram em coordenação com as forças ruandesas”, assegurou o representante citado pela AIM.

Ultimamente, os terroristas têm vindo a intensificar os seus ataques em alguns distritos de Cabo Delgado, causando a morte e a deslocação das populações locais, queimando infra-estruturas públicas e privadas, bem como extorquindo dinheiro aos condutores que utilizam as principais estradas da província.

Ainda assim, Arne Gibbs assegura que a ExxonMobil, através da Rovuma LNG, nunca parou as suas operações em Cabo Delgado, “e está a trabalhar arduamente para desenvolver o projeto de modo a agilizar as acções, em coordenação com a empresa francesa de petróleo e gás TotalEnergies, que declarou força maior para suspender todas as actividades do seu projecto de gás natural liquefeito (GNL), devido a um grande ataque terrorista contra a cidade de Palma, em Abril de 2021”.

Gibbs não adiantou datas para a petrolífera norte-americana tomar a sua Decisão Final de Investimento sobre as operações na Área 4, mas garantiu que o trabalho está a ser feito. A fonte acrescentou também que a empresa está a trabalhar com o Governo moçambicano para ajudar as empresas locais a tirar proveito do fornecimento de conteúdo local no Rovuma LNG.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.