Foi lançado na Quinta-feira, 3 de Julho, no Auditório do BCI, em Maputo, o livro “Geotecnologias e Gestão Territorial em Moçambique: Aplicações e Perspectivas”, editado no Brasil.

A obra, que resulta do esforço conjunto de académicos e especialistas moçambicanos, é um contributo técnico e reflexivo de grande relevância para o debate sobre o uso estratégico das geotecnologias no planeamento, desenvolvimento e resiliência territorial no país.

Destinada a académicos, gestores públicos, profissionais de sistemas de informação geográfica e estudantes, a publicação aborda questões centrais como as dinâmicas socioambientais e os desafios territoriais, propondo soluções baseadas em dados espaciais e novas ferramentas de análise.

Segundo o pesquisador Euclides Matule, um dos organizadores, o livro procura responder a perguntas-chave sobre como e quando intervir nos territórios, face aos desafios do desenvolvimento. Matule agradeceu ao BCI por patrocinar a edição e a publicação da obra, permitindo que o conhecimento chegue a um público mais vasto.

Para Carla Mamade, Directora das Mediatecas do BCI, apoiar esta publicação foi um gesto natural para uma instituição que acredita no saber como pilar do desenvolvimento. Mamade frisou ainda que “este livro não apenas informa: inspira e desperta para a acção, contribuindo para uma sociedade mais consciente e sustentável”.

A obra estrutura-se em três eixos principais: dinâmicas socio-espaciais; vulnerabilidades e riscos ambientais; assim como planeamento e ordenamento do território.

O apresentador e prefaciador do livro, José Guambe, sublinhou a relevância da publicação num contexto em que Moçambique enfrenta desafios climáticos e ambientais críticos, como ciclones intensos, inundações e erosão costeira.

No eixo sobre riscos ambientais, destacou a aplicação das geotecnologias para o mapeamento de áreas vulneráveis e o desenho de estratégias de mitigação e adaptação.

Neste mesmo eixo, Guambe salientou o papel importante das geotecnologias no suporte às políticas públicas, na integração de critérios ambientais e sociais nos processos de ordenamento, e em experiências de governação local baseadas em plataformas geo-espaciais.

Ao apoiar esta iniciativa, o BCI reafirma o seu compromisso com o fomento do conhecimento e o desenvolvimento sustentável de Moçambique.