A Reserva Federal norte-americana (Fed) anunciou esta quarta-feira que vai acelerar a redução das compras mensais de emergência, que deverá terminar em Março. No entanto, o banco sinalizou três subidas das taxas de juro de referência já no próximo ano, para responder ao disparo da inflação.

Assim, o banco central vai passar a comprar 60 mil milhões de dólares em obrigações por mês a partir de Janeiro, o que representará um corte de 30 mil milhões em relação às compras de Dezembro — o dobro dos 15 mil milhões que havia anunciado em Novembro. Segundo a Fed, o próximo ano trará mais cortes nas compras.

Neste sentido, assim que terminar o programa, que deverá acontecer em Março, a Fed começará a subir as taxas de juro, que foram mantidas em mínimos históricos — entre 0% e 0,25% — na reunião de dois dias que terminou esta quarta-feira. Os membros do comité da Fed projectam três aumentos das taxas no próximo ano, que serão acompanhados de dois ajustamentos em 2023 e outros dois em 2024.

Ou seja, nos próximos três anos, a Fed deverá subir os juros sete vezes, de acordo com as projeções do chamado “dot plot”.

“A inversão abrupta na política monetária visa responder às preocupações com a escalada dos preços, que será mais persistente do que inicialmente previsto”, explica Fed.

Contudo, as autoridades preveem que a inflação atinja os 2,6% no próximo ano, em comparação com os 2,2% projectados em setembro, e a taxa de desemprego recue para 3,5%.