O mais recente ataque terrorista a Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, levanta receios entre os empresários moçambicanos e, de acordo com o presidente das Associações económicas, a violência armada mantém os níveis de preocupação.
Com efeito, está em curso um estudo para avaliar o impacto actual do terrorismo no sector empresarial na província, e o mesmo vai ser desenvolvido em função do regresso das comunidades e retoma da atividade económica em algumas regiões
De acordo com Agostinho Vuma, citado pela Lusa (via Sapo), um estudo realizado em 2021 revelou impacto de cerca de 90 milhões de dólares no sector empresarial em resultado dos conflitos no norte do país.
Vuma falava numa conferência de imprensa, em Maputo, após um encontro com o embaixador da União Europeia (UE) em Moçambique, Antonino Maggiore, depois de mais um ataque, na última semana, em Mocímboa da Praia, reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico, através dos seus canais de propaganda, uma incursão que deixou, pelo menos, 10 mortos numa aldeia do interior do distrito.
Na ocasião, avançou também que decorrem iniciativas junto da UE para apoiar “os empresários e dinamizar o negócio” em Cabo Delgado.
“Infelizmente [o terrorismo] não é um assunto da CTA [enquanto] sector privado. Depende muito também da actuação das forças” que combatem a insurgência, frisou.
A nova incursão em Mocímboa da Praia ocorre menos de um mês depois do anúncio, em 25 de Agosto, pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Moçambique, Joaquim Rivas Mangrasse, da eliminação do líder do terrorismo no país, o moçambicano Bonomade Machude Omar, juntamente com outros elementos da liderança do grupo terrorista.
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