A Autoridade Tributária de Moçambique (AT) interceptou cerca de 3 mil caixas de contrabando de bebidas alcoólicas avaliadas em mais de dois milhões de meticais, provenientes da vizinha África do Sul.

Segundo conta o jornal “O País” as bebidas alcoólicas fruto de contrabando foram apreendidas no interior de um armazém na Matola.

Segundo as autoridades aduaneiras citadas pelo jornal os benificiários das bebidas eram as pequenas bancas e mercearias da cidade e província de Maputo, um negócio que defraudaria o Estado em 1,5 milhões de meticais em direitos aduaneiros.

“O grupo incorpora vários esquemas para disfarçar mercadorias com intenção de contrabando, além destes indicadores, a bebida não tem selo, violando o decreto ministerial 64/2021, que exige que todas as mercadorias destinadas a Moçambique sejam seladas”, disse Fernando Tinga, porta-voz da Autoridade Tributária de Moçambique.

A fonte a mercadoria pertence a um grupo de mulheres, composto por oito indivíduos que afirmam trabalhar em ligação com uma rede sul-africana. Embora afirmem que é a primeira vez, admitem a ilegalidade do produto. No entanto, as mulheres reivindicam a propriedade do produto interceptado pelas autoridades dentro de um armazém localizado no município da Matola.

“Sabemos que estamos perante uma ilegalidade porque não pagamos direitos aduaneiros, mas o produto é nosso porque comprámos com o nosso dinheiro e podemos comprovar com recibos”, disse uma das integrantes do grupo.

Dados da Autoridade Tributária indica que o país perde mais de 61 milhões de meticais devido ao contrabando de diversos produtos, com destaque para as bebidas alcoólicas