O partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (ANAMOLA) não vai participar do lançamento, amanhã, da auscultação pública para um Diálogo Nacional e Inclusivo “DNI”.
A informação foi partilhada ao princípio desta noite, em Maputo, pelo Secretário-Geral interino do partido, Messias Uarreno, tendo revelado que a decisão foi tomada porque não teve resposta a um pedido de integração à Comissão Técnica para o Diálogo Nacional e Inclusivo (COTE).
Na sua alocução, recordou que Mondlane “foi o candidato presidencial mais votado” nas eleições de Outubro de 2024, e que o país viveu quase um trimestre de manifestações pós-eleitorais de contestação popular dos resultados.
“O partido ANAMOLA solicitou por escrito a sua integração em igualdade de circunstância nos trabalhos da COTE, não tendo tido resposta até a presente data… Portanto, como sinal de respeito, o partido ANAMOLA não se fará presente nas cerimónias do lançamento das auscultações a terem lugar amanhã, no dia 6 de Outubro de 2025, nas capitais provinciais” anunciou.
No dia 25 de Agosto, o ANAMOLA enviou uma carta ao Presidente da República, Daniel Chapo, a propor a sua integração no DNI em curso no país, solicitando a discussão do assunto no parlamento.
No dia 10 de Setembro, Mondlane esclareceu que o partido quer fazer parte da comissão técnica do DNI, após Chapo descartar cartas e requerimentos para integrar o processo.
O partido ANAMOLA, embora excluído do Diálogo Político “Inclusivo”, vai apresentar as suas contribuições à Comissão Técnica para um Diálogo Político Nacional e Inclusivo “COTE”, no âmbito das reformas da CRM e das Leis Eleitorais que se propõem no Diálogo Político “Inclusivo”, escreveu Mondlane na sua página do Facebook, no dia 21 de Setembro.
“Assim que a COTE iniciar as auscultações, a ANAMOLA, em paralelo, fará a sua auscultação pública aos cidadãos e, de seguida, vai depositar junto da COTE o resultado das opiniões manifestadas pelo povo moçambicano” acrescentou Mondlane a mesma mensagem.
Ainda hoje, Uarreno assegurou que o partido vai, até 15 de Dezembro, enviar ao COTE as contribuições finais a sua auscultação paralela, visando, fundamentalmente, a revisão da Constituição da República de Moçambique.
O ANAMOLA quer que a revisão foque na Lei Orgânica da Comissão Nacional de Eleições; Lei do Recenseamento Eleitoral; e leis eleitorais para representação nas assembleias representativas a vários níveis e eleição do Presidente da República.


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