Analistas questionam capacidade das forças armadas em meio a promessa de segurança do Governo

Analistas questionam capacidade das forças armadas em meio a promessa de segurança do Governo

O Governo moçambicano, através do ministro da Defesa, Cristóvão Chume prometeu, esta semana, no Parlamento, que as forças de defesa e segurança de Moçambique vão garantir a defesa da soberania, após a retirada de tropas da SADC, acusando os partidos políticos de estarem a politizar o combate ao terrorismo em Cabo Delgado.

No entanto, alguns analistas consideram que as tropas moçambicanas não têm capacidade para enfrentar este fenômeno.

Durante uma sessão de perguntas ao Governo na Assembleia da República, Chume disse que ‘’não se percebe a racionalidade de se co-relacionar de forma viciosa a situação de terrorismo, que é uma ameaça global com uma eventual inviabilização das eleições, recorrendo-se à declaração de Estado de Emergência’’.

Entretanto, numa publicação da VOA, o analista político Egídio Plácido afirma que “o Executivo moçambicano se desvia de questões centrais e se apega a assuntos mínimos, porque não têm capacidade de resolver questões centrais’’.

‘’Cabo Delgado está em guerra, não é uma questão de politização, é o facto de o Estado, através do Ministério da Defesa Nacional não mostrar, desde o início deste conflito, alguma capacidade para enfrentar este fenômeno e diminuir o sofrimento das pessoas, e esta é que é a questão de fundo,’’ disse Plácido, frisando que a retirada da SAMIM, vai constituir um embaraço para as forças moçambicanas, apesar de que o seu papel sempre foi questionável.

Por sua vez, o analista e político, Manuel Alves, julga que o ministro da Defesa Nacional ‘’foi infeliz, porque o conflito em Cabo Delgado tem uma gênese política, daí que “o ministro não estaria a ser muito feliz ao acusar os partidos de estarem a politizá-lo’’.

Contudo, Cristóvão Chume assegurou que Moçambique vai vencer o terrorismo, “custe o que custar”.

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