“Agro-turismo pode acelerar desenvolvimento rural”, defende Salim Valá

“Agro-turismo pode acelerar desenvolvimento rural”, defende Salim Valá

O Presidente da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) defende que o sector do agro-turismo pode catalisar e acelerar o desenvolvimento rural, pois tem o condão de explorar as sinergias entre as duas áreas económicas e dinamizar os restantes sectores económicos e sociais.

Intervindo numa mesa-redonda subordinada ao tema “Agro-Turismo: Uma Nova Área de Negócio em Empreendedorismo em Moçambique”, realizada na cidade de Maputo, Salim Valá afirmou que o desenvolvimento da economia local pode beneficiar com a adopção de uma abordagem integrada que inclua também a indústria manufactureira e um dinâmico comércio interno e transfronteiriço.

“Estas áreas agindo de forma integrada podem fazer recuar a pobreza, reduzir as desigualdades sociais e gerar empregos de qualidade”, disse.

Na sua intervenção, o PCA da Bolsa enfatizou que as iniciativas do agro-turismo foram, à escala global, importantes para explorar o potencial económico dormente nos territórios, integrar as actividades da população ao mercado, valorizar e monetarizar a cultura local bem como para conservar o ambiente e combater o êxodo rural.

 “Existem boas experiências de desenvolvimento do agro-turismo em outros quadrantes do mundo, como os casos do Brasil, Índia, Itália, Malásia, Portugal, Indonésia, entre outros, que se pode aprender deles, obviamente com as devidas adaptações”, frisou.

Segundo ele, possuindo cerca de 66% da população a viver e trabalhar nas áreas rurais, e dependendo maioritariamente de uma agricultura de baixa produtividade, “é fundamental que o país aporte para o meio rural mais capital, tecnologias, pessoas capacitadas e uma abordagem mais transversal de lidar com as problemáticas económicas.”

“Em toda a sua extensa linha de costa de 2800 quilómetros há um potencial imenso para explorar as sinergias entre as diversas actividades económicas, promovendo negócios inclusivos sob ponto de vista social, sectorial, territorial e de género”, frisou.

Enfatizou também que os projectos de agro-turismo são sensíveis às mulheres e jovens, reforçam o papel das PME´s, exploram a criatividade local e são um campo fértil para exercitar os grandes empreendedores do futuro.

A fonte reconheceu, outrossim, a importância estratégica das instituições de formação e investigação na disseminação de tecnologias que permitam obter maior produção e produtividade bem como a necessidade de implantar infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento de negócios.

“Como BVM, estamos disponíveis para, tendo em conta a natureza e dentro das atribuições e competências da Bolsa, ser parte da solução para o financiamento de projectos de agro-turismo, promoção de empreendedores rurais e ser a plataforma de fomento de negócios inclusivos e com ética”, salientou.

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