África do Sul: Estado moçambicano já gastou mais de três milhões de dólares com processo de Manuel Chang

África do Sul: Estado moçambicano já gastou mais de três milhões de dólares com processo de Manuel Chang

O jurista sul-africano André Thomashausen que anunciou, ontem, “o fim dos recursos” de Moçambique contra a extradição do seu ex-ministro das Finanças Manuel Chang para os Estados Unidos da América (EUA), disse que o governo moçambicano já gastou mais de três milhões de dólares desde que iniciou o processo.

Na óptica de André Thomashausen, do Tribunal Constitucional da África do Sul, “acabaram assim os dispendiosos abusos do processo judicial em que a PGR de Moçambique tem insistido e que já custaram aos contribuintes moçambicanos mais de três milhões de dólares em despesas de advogados”.

André Thomashausen entende ainda, que para Manuel Chang, a decisão vem a tempo para poder escapar a mais um Inverno no sistema prisional sul-africano. “A África do Sul está com cortes de energia diários de 10 em cada 24 horas e por conseguinte as prisões durante este Inverno vão funcionar sem meios de aquecimento”, concluiu.

Aos 63 anos, Manuel Chang foi detido em 29 de Dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional O.R. Tambo, em Joanesburgo, a caminho do Dubai, com base num mandado de captura internacional emitido pelos EUA em 27 de Dezembro, pelo seu presumível envolvimento no chamado processo das dívidas ocultas.

Durante a governação de Armando Guebuza, entre 2005 e 2010, Manuel Chang terá avalizado as dívidas secretamente contraídas a favor da Ematum, da Proindicus e da MAM, empresas públicas referidas na acusação norte-americana, alegadamente criadas para o efeito nos sectores da segurança marítima e pescas, entre 2013 e 2014.

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.