O candidato presidencial que lidera a maior contestação aos resultados eleitorais em Moçambique desde as primeiras eleições no País, Venâncio Mondlane, acusou ontem (04), Albino Forquilha, presidente do PODEMOS, de violar o acordo pré-eleitoral firmado entre ambos ao admitir a tomada de posse de deputados eleitos pelo partido no próximo dia 13 de Janeiro.
Num comunicado divulgado ontem, Venâncio Mondlane acusa o partido PODEMOS e o seu presidente, Albino Forquilha de estarem a violar o “Acordo da Manhiça (acordo político coligatório)”, assinado pelas partes a 21 de Agosto com validade até 2028.
De acordo com Mondlane, o PODEMOS e o seu presidente “não são legítimos para tomar decisões que estão a tomar”, pois o acordo regula várias questões, incluindo decisões estratégicas do partido, que estariam sendo desrespeitadas neste momento por Albino Forquilha.
A mesma nota refere ainda que o apoio do PODEMOS a Venâncio Mondlane está agora em “crise”, pelo o partido se desviar dos objectivos acordados, especialmente na luta contra a “mega fraude eleitoral” nas eleições gerais.
Mais adiante, o candidato presidencial afirma ter empreendido “esforços” para persuadir Forquilha a recuar de decisões que considera politicamente irregulares, como a posse dos deputados do PODEMOS, descrevendo essa atitude como um acto que “ofende profundamente a moral, a ética e os interesses do povo moçambicano”, que confiou na aliança formada com o PODEMOS.
(Foto DR)
Deixe uma resposta