Venâncio Mondlane, líder das manifestações à escala nacional, denunciou na noite de ontem, a execução de prisioneiros e o acúmulo de corpos, incluindo os de crianças, nas morgues.  

Em mais uma live através da sua conta oficial Facebook, destacou que as famílias estão sendo impedidas de identificar os corpos, que são destinados a valas comuns.

“Nesse momento que estou a fazer esta live, na cadeia central estão a executar ainda boa parte dos presos que foram ontem (antes de ontem) reconduzidos, na cadeia de Mabalane, neste momento que estou a falar estão a assassinar também detidos que foram recuperados da cadeia de Mabalane (…) estou a fazer um grito de socorro (…)”, denunciou.

Face a este cenário, Mondlane propôs a criação de uma petição internacional para declarar a Frelimo como uma organização criminosa e terrorista, pedindo o apoio de todos para essa causa.

Resaltou assassinato de mais de 400  pessoas em tão pouco tempo, efatizando que  nem mesmo  durante a guerra civil de 16 anos o país testemunhou uma brutalidade dessa magnitude.

Entre as propostas, sugeriu a erradicação de todos os símbolos associados à Frelimo, incluindo bandeiras, roupas e acessórios, além de proibir sua venda em todo o território moçambicano.

Criticou a  posição de África do Sul, face à atual situação em Moçambique, mencionando a dependência do país em relação ao gás e à energia de Moçambique.

Por fim, disse que, a partir de segunda-feira, vai anunciar medidas  de ponta de lança, afirmando que, dessa vez, ninguém vai morrer, pois o povo vai começar a usar da auto-defesa, fiquemos atentos.