O antigo Primeiro-Ministro (2012-2015), Alberto Vaquina, criticou, hoje, o pronunciamento tardio do Governo ao naufrágio ocorrido na tarde de domingo (07), na praia de Quissanga, na Ilha de Moçambique.
“Eu reprovei como as coisas foram feitas. O partido Frelimo devia ter reprovado esta atitude. O Estado moçambicano teria sido o primeiro a reprovar este tipo de postura em que as coisas acontecem ad hoc ou à reboque dos outros”, disse.
Vaquina lamenta o facto de as autoridades apenas se terem pronunciado depois de vozes de outros países o terem feito em primeira instância, tal como o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Na perspectiva do antigo governante é lamentável a atitude do Governo.
“Aqueles que tinham a obrigação de proteger os moçambicanos, não podendo estar lá, deveria ter dado orientações sobre como tratar o caso provisoriamente para que houvesse o apuramento das causas preliminares e, a posterior, uma comunicação à nação a explicar a nação”, referiu.
Em entrevista no Podcast do Centro de Integridade Pública (CIP Cast), Alberto Vaquina criticou, igualmente, a gestão de comunicação da tragédia nas primeiras horas. No seu entender, as autoridades locais deveriam ter alguma autonomia para comunicar, preliminarmente, a situação ao país, sem ter de esperar o Ministro dos Transportes e Comunicações ou o Presidente da República para tornar pública a tragédia.
“A Frelimo já fez melhor do que isso, e existem experiências”, disse, elucidando que esta situação espelha falhas de governação. “E a Frelimo vem de uma grande experiência de governação que deve servir de inspiração para nós, os mais novos, que agora assumimos os destinos do país, saibamos como se lida com matérias mais sensíveis”.
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