Bruxelas vai avançar com um novo plano em relação à invasão militar da Ucrânia. Depois de terem avaliado novas sanções a Moscovo, os líderes da União Europeia parecem concordar que o boicote económico à Rússia está a falhar o propósito de demover Putin nos seus avanços e avalia-se, nesta fase, o aumento do apoio militar a Kiev.
Em concreto, segundo o jornal Negócios, a Alemanha quer enviar misséis e munições ao exército ucraniano, ao longo das próximas semanas. “Com esta decisão, a Alemanha quebra uma longa tradição de não fornecer armas a países como a Ucrânia”, indicou o chanceler alemão Olaf Scholz. “Vamos fazer isto em estreia cooperação com os nossos aliados com quem estamos coordenados.”
A decisão surge na mesma altura em que os Estados Unidos alertam que a guerra poderá estar a entrar numa fase mais sangrenta. “Pelo que vimos no passado, estamos provavelmente a mudar de página no livro da brutalidade russa”, adiantou um porta-voz do Pentagono. Já antes o primeiro-ministro polaco tinha vindo afirmar que o mundo iria assistir ao primeiro grande confronto de tanques militares desde a Segunda Guerra.
Por sua vez, o chefe do governo austríaco, que foi esta segunda-feira o primeiro líder europeu a encontrar-se com Vladimir Putin desde o início da ofensiva militar, mostrou-se pouco otimista com a reunião. Karl Nehammer considerou que as conversações foram “directas, honestas e difíceis” e alertou para um aumento da espiral de violência a ocorrer no leste ucraniano.
A Ucrânia contabiliza, nesta altura, 270 mil milhões de dólares de danos provocados pela guerra. Cerca de 7.000 edifícios residenciais foram atingidos, 30% das empresas fecharam e o consumo de electricidade caiu 35%, indicou ao Financial Times o ministro das Finanças do país.
