Através de um comunicado, o executivo comunitário anuncia a proposta, explicando que “constitui um gesto de apoio sem precedentes para um país em guerra”, prevendo, além da suspensão dos direitos sobre as importações da UE na Ucrânia, a cessação também por um ano de “todas as medidas antidumping e de salvaguarda da UE em vigor sobre as exportações de aço ucraniano”.
Citada pela agência Lusa, a UE refere que, “a medida foi concebida para ajudar a impulsionar as exportações da Ucrânia para a EU”, visando “aliviar a difícil situação dos produtores e exportadores ucranianos face à invasão militar da Rússia”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destaca que “a agressão não provocada e injustificada da Rússia está a afetar gravemente a economia ucraniana”.
“Tenho estado em discussões com o Presidente (ucraniano) Zelensky sobre formas de apoiar a economia, além da assistência macrofinanceira e das subvenções que estamos a conceder, e ambos concordámos com a importância crucial de uma rápida e ampla suspensão dos direitos de importação para impulsionar a economia da Ucrânia”, acrescenta a responsável, citada na nota.
“O passo que estamos a dar hoje responde a este apelo e irá facilitar grandemente a exportação de bens industriais e agrícolas ucranianos para a EU”, adianta a líder do executivo comunitário.
Em 2021, o comércio bilateral UE-Ucrânia atingiu o seu nível mais elevado desde a entrada em vigor da Área de Comércio Livre Profunda e Abrangente, num total mais de 52 mil milhões de euros.
Com a invasão russa da Ucrânia, a economia ucraniana e o seu comércio com o mundo foram afetados.
Na última Cimeira UE-Ucrânia, em Outubro de outubro de 2021, foi lançada a revisão do artigo 29 sobre uma maior liberalização do comércio.
A proposta hoje apresentada pela Comissão Europeia precisa agora de ser considerada e aprovada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da UE.
Fonte: Lusa