O presidente da República, Filipe Nyusi, disse esta sexta-feira, em Bruxelas, na Bélgica, que Moçambique recebeu vários apoios da União Europeia e de África para combater o terrorismo, e não excluiu a possibilidade de se accionar, para o efeito, a força de alerta africana, se se julgar necessário.
Falando no final da sua participação na XI Cimeira da UE-África, decorrida em Bruxelas, Filipe Nyusi, citado pelo Notícias, disse ter mantido paralelamente ao evento vários encontros com estadistas africanos e europeus, nos quais detalhou a situação por que passa o país.
Nyusi falou com o Presidente senegalês, na sua qualidade de Presidente da União Africana, tendo ambos concordado em accionar a força de alerta africana se for necessário para combater o mal. Ainda nos corredores da cimeira, o Presidente da República conversou com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, com quem trocou impressões sobre a situação de Moçambique, particularmente a luta contra o terrorismo. Macron não escondeu o desejo de apoiar Moçambique, no seguimento da posição da União Europeia alcançada durante a visita que o Presidente da República efectuou semana passada a Bruxelas, sede do bloco comunitário.
Mas também conversou com outros estadistas para lhes falar de outras matérias, tendo recebido apoios diversos.
Sobre a participação na cimeira, Nyusi disse ter sido um sucesso, pois conseguiu levar o país ao mundo, procurando agora levar o mundo ao país. Mas isto, segundo sublinhou, só pode ser alcançado com a paz e segurança e com o regresso da população deslocada das zonas até então de conflito.
Filipe Nyusi, referiu que a sua participação em diferentes painéis permitiu também perceber a situação em que vivem outros países, particularmente agora que o mundo enfrenta vários desafios como a crise sanitária decorrente da Covid-19, as alterações climáticas, a migração, entre outros. Também trocou impressões sobre as áreas da agricultura, educação, formação profissional, infra-estruturas, produção de vacinas.