A Tabela Salarial Única (TSU) está a gerar um grande pandemônio na função pública. Quando faltam cinco dias para o início da sua greve, os médicos mostram-se determinados a seguir o que para já é um prenúncio de caos no sistema nacional de saúde.
Com os punhos cerrados, a classe ameaça paralisar o Serviço Nacional de Saúde, incluindo instituições de ensino, exames médicos e armazéns de medicamentos, em quase 90%, garantindo serviços mínimos através de uma equipa que varia de um a dois médicos por dia, em função da especialidade.
O Ministro da Saúde, Armindo Tiago, está ciente do impacto que a decisão dos colegas de profissão vai trazer para o país, e garante que tudo está a ser feito para evitar a greve.
“Nós não queremos a greve. Uma greve tem consequências imprevisíveis para o sistema de saúde, onde há diminuição dos serviços especializados. Neste momento em que estamos a falar, há equipas que estão a negociar com a Associação Médica, porque para o Governo, a solução está sempre no diálogo,” disse Tiago sem avançar se haverá ou não desfecho, antes da data prevista para o início da greve.
A greve anunciada pelos médicos é provocada pela nova Tabela Salarial em uso desde o mês passado na função pública, que está a gerar um pandemônio em todos os sectores.
Para além dos médicos, magistrados do Ministério Público também ponderam avançar com a greve e, nesta terça-feira (1), funcionários do Ministério da Economia e Finanças paralisaram temporariamente o trabalho, para exigir explicações do que classificam como injustiças salariais.
Deixe uma resposta