Os tripulantes da TAP vão mesmo avançar para cinco dias de greve até 31 de Janeiro, com datas ainda por marcar. A nova proposta da companhia recolheu 615 votos contra, seis votos a favor e uma abstenção.
A assembleia geral dos tripulantes que decorreu esta manhã chumbou a última proposta apresentada pela transportadora aérea portuguesa, TAP, para um novo Acordo de Empresa.
De acordo com os números do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) a proposta da companhia recolheu 615 votos contra, seis votos a favor e uma abstenção.
Desta forma, os tripulantes vão mesmo avançar para greve de cinco dias com datas ainda por marcar, sendo que o protesto irá decorrer até 31 de Janeiro.
Depois da greve nos dias 8 e 9 de Dezembro continuaram em curso as negociações entre a companhia e o SNPVAC e a TAP apresentou uma nova proposta aos tripulantes que não foi suficiente para impedir a greve.
Em comunicado aos associados sobre a convocatória da assembleia geral, o SNPVAC já tinha feito saber que “não acompanha o entusiasmo da CEO”, que esperava travar a greve. No entanto, o sindicato que representa os tripulantes de cabine reconhece que “as reuniões têm decorrido na base do diálogo, com os avanços e recuos normais destas negociações”.
Os valores salariais são o principal ponto que tem separado a TAP dos tripulantes. Os trabalhadores continuam com um corte salarial de 25% acima dos 1.410 euros e acusam a empresa de calcular os novos vencimentos com base nos valores com os cortes e não com os montantes pagos antes do Acordo de Emergência.
A proposta da TAP foi votada pelos tripulantes numa altura em que decorre a polémica da indemnização de 500 mil euros paga à antiga administradora Alexandra Reis. “É frustrante nós estarmos em negociações com a empresa e, apesar dos esforços que tem havido, depois vermos estas notícias”, disse o presidente do SNPVAC, Ricardo Penarróias, em declarações à CNN Portugal. “A rigidez que a empresa tem, a tutela que se defende constantemente com o plano de reestruturação, mas na verdade, e no final de contas, nós estamos a discutir tostões para outros ganharem milhões”, acrescentou.
Na paralisação dos tripulantes que decorreu nos dias 8 e 9 de Dezembro, a TAP cancelou 360 voos que provocaram perdas de 8 milhões de euros em receitas.
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