O comediante e escritor sul-africano, Trevor Noah, deixa o programa norte-americano de informação satirizada, conversa e entretenimento “The Daily Show”, depois de sete anos.
Como lhe é característico, Noah despediu-se num tom cómico dizendo que as pessoas deveriam ficar felizes, pois, como um líder africano, ele está a abandonar o poder pacificamente “o que nunca é uma garantia”.
O comediante sul-africano sucedeu o reconhecido apresentador de televisão, Jon Stewart, em 2015, representando uma aposta altamente arriscada para a Comedy Central.
“Lembro-me quando comecei o espectáculo. Havia tantas pessoas que me odiavam. Odiavam-me genuinamente. Odiavam a ideia, odiavam a minha aparência, odiavam o meu cabelo, odiavam a minha pronúncia, odiavam tudo sobre mim, o meu ponto de vista, tudo. Agora olho sete anos mais tarde. Todas aquelas pessoas ainda me odeiam, mas pelas razões certas, não porque agora me conhecem, eles compreendem-me”, disse Trevor Noah.
Em vez de moldar-se ao estilo do seu antecessor, Noah optou por satirizar a América, os americanos, em especial seus líderes políticos e seus partidos, através de um olhar de um estrangeiro.
Entre as lições que aprendeu como anfitrião do “Daily Show”, Noah disse estarem “questões de contexto”, e “as questões são reais, mas a política é apenas uma forma inventada de resolver essas questões”.
“Eu, no início, também fui sugado por todo o Republicano, Democrata, é assim que deve ser – no entanto, não é realmente assim que deve ser. Nem sequer é assim que deve ser. Não é um binário. Não há apenas duas maneiras de resolver qualquer problema; não há apenas duas maneiras de ser”, disse. New York Times, Volture
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