Cerca de três milhões de moçambicanos vivem actualmente em situação de insegurança alimentar aguda, afectando especialmente a província de Cabo Delgado, segundo a Organização das Nações para Alimentação e Agricultura, FAO.
O relatório da FAO indica que cerca de 2,6 milhões de moçambicanos estavam em situação de insegurança alimentar aguda entre Maio e Setembro e necessitavam “de assistência urgente”.
Destes, 126.000 pessoas estavam na fase 4 do índice de Segurança Alimentar Integrada , em situação de emergência, e os restantes 2,5 milhões na fase 3, em situação de crise.
O documento acrescenta que, para o período de Outubro de 2023 a Março de 2024, cerca de 3,3 milhões de pessoas “enfrentam insegurança alimentar aguda ou superior” em Moçambique, equivalente à fase 3 do IPC, dos quais 220.000 pessoas na fase 4, de emergência.
“Representam 21% da população dos distritos mais afetados pelos choques (climáticos e ataques terroristas) em 2023”, aponta o relatório.
A FAO refere mesmo que 863.000 pessoas em Cabo Delgado vivem na fase 3 do IPC ou superior – em insegurança alimentar aguda -, equivalente a 32% da população total, no período entre Outubro de 2023 a Março de 2024, um aumento de 19% face ao período anterior.
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