As autoridades moçambicanas travaram a exportação de 45 contentores de madeira através do Porto da Beira, num esquema que lesaria o Estado em quase 60 mil euros, anunciou fonte oficial.
A madeira, apreendida no distrito de Dondo, é proveniente das províncias de Manica e Zambézia, também no centro do país, e a sua exportação teria lesado o Estado moçambicano em cerca de quatro milhões de meticais, disse à comunicação social na quinta-feira na cidade da Beira Morgado Mucendo, delegado da Agência Nacional para o Controlo da Qualidade Ambiental (Aqua) na província de Sofala.
Segundo as autoridades citadas pela Lusa, a empresa H e J Importações e Exportações, que explora florestas no centro do país, cometeu duas infracções, nomeadamente a tentativa de exportar madeira em toro, o que é proibido no país desde 2017, e a falta de autorização para a exportação de algumas espécies cuja comercialização está interditada (pau-preto e chacate-preto).
“Para poder comercializar ou exportar esta madeira é preciso uma permissão do organismo que regula o comércio internacional de espécies de flora e fauna em risco de extinção”, frisou Morgado Mucendo, sem, no entanto, revelar qual era o destino dos contentores.
Vários relatórios internacionais e internos têm apontado para a delapidação de recursos florestais em Moçambique, devido à exploração desenfreada de madeira para exportação, que tem como principal destino a China.
Apesar de uma actuação cada vez mais acutilante das autoridades contra essa prática, não cessam relatos de apreensões frequentes de grandes quantidades de madeira ilegalmente exportada.
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