Nenhum transportador será excluído das compensações e subsídios para mitigar o impacto do aumento dos preços dos combustíveis, de acordo com garantias do Ministério dos Transportes e Comunicações.
“Não vamos discriminar nenhum transportador, seja ele formal ou informal. Todos têm direitos”, declarou Ambrósio Sitoe, porta-voz do Ministério dos Transportes e Comunicações.
A decisão de atribuir um subsídio aos transportadores colectivos das capitais provinciais foi tomada após os episódios de 4 Julho, quando proprietários de autocarros e “chapas” suspenderam suas actividades em protesto contra o aumento do preço dos combustíveis, provocando longas filas e confusão nalgumas zonas da capital moçambicana.
Parte dos “chapeiros”, que garantem a circulação nos centros urbanos, não tem licença para a actividade, um dos requisitos para atribuição de subsídios pelo Governo.
Segundo Ambrósio Sitoe, o Governo vai acelerar a legalização dos transportadores “informais”, uma medida que visa evitar que alguns “chapeiros” sejam excluídos do processo de atribuição dos subsídios.
Há mais de uma semana, a Autoridade Reguladora de Energia (Arene) de Moçambique anunciou a terceira subida de preço dos combustíveis deste ano, com o gás de cozinha a subir quase 20%.
A gasolina subiu de 83,30 meticais por litro para 86,97 meticais e o gasóleo passou de 78,97 meticais para 87,97 meticais por litro.
Em 2008 e 2010, o aumento do preço de transporte rodoviário, acompanhado do agravamento do custo dos bens e serviços essenciais, gerou revoltas populares nalgumas das principais cidades do país, resultando em confrontos com a polícia e destruição nalguns locais.
Deixe uma resposta