A multinacional francesa do petróleo e gás, TotalEnergies, está a erguer a fábrica de processamento de gás na localidade de Afungi, na vila de Palma, província de Cabo Delgado. A empresa suspendeu (?) as suas actividades em 2021, ao declarar força maior devido a incursões terroristas. As compensações para algumas famílias carecem do levantamento da força maior, enquanto as obras avançam.
“Entretanto, quem passa por Afungi percebe que a construção de infra-estruturas onde será instalada a planta da fábrica de processamento do gás está em curso, apesar da francesa TotalEnergies não ter ainda levantado a força maior”, lê-se num documento partilhado pelo Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD).
Trata-se da infraestrututa iniciada pela Anadarko, a 05 de Agosto de 2019, e vai comportar duas unidades de liquefação com capacidade de 13,12 milhões de toneladas por ano, recorda.
No entender da ONG, a declaração de força maior “não teve impacto directo nas actividades ligadas ao projecto Mozambique LNG, mas deixou as comunidades abandonadas, principalmente as que dependiam do apoio directo do projecto, caso das famílias que ainda vivem em Quitupo”.
O documento constata que famílias que aguardam pelo reassentamento estão preocupadas com o atraso no pagamento das suas compensações, bem como sugere o questionamento do decurso de algumas obras sem o levantamento da força maior.
“Uma das condições colocadas pela empresa para sua retoma é que os custos com os fornecedores de bens e serviços envolvidos no projecto não devem aumentar”, lê-se na nota que recorda que a força maior causo o prejuízo de 148 milhões de dólares a empresas privadas, nacionais e internacionais.
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