A África do Sul está a enfrentar uma longa crise de energia. Esta semana, o Presidente daquele país, Cyril Ramaphosa, até cancelou a sua participação na Assembleia Geral da Organização da Nações Unidas para lidar com o assunto de perto. O antigo estadista sul-africano, Thabo Mbeki acusou, na quarta-feira, a estatal energética ESKOM de má gestão e a culpa pela crise de energia no país.
Um debate havido esta quarta-feira debruçou-se sobre a realização de algumas mexidas da direcção da ESKOM, de acordo com a imprensa internacional. Mbeki já tinha sugerido que a actual direcção da estatal energética não fosse a mais indicada para as funções incumbidas. Na verdade, “Mbeki acredita que a África do Sul carece de verdadeira liderança em todas as esferas, seja no Governo ou na sociedade”, escreve o Daily Maverich.
“Eskom é um grande negócio e, portanto, em termos da sua liderança, precisa de engenheiros e economistas, mas em vez disso temos políticos e contabilistas”, disse Mbeki, que foi Presidente entre 1999 e 2008.
Ele questionou os defeitos nas centrais eléctricas de Medupi e Kusile, que continuam a avariar apesar de serem as mais recentes centrais eléctricas construídas pela Eskom.
O Vice-Presidente, David Mabuza, disse que embora a Eskom tivesse feito progressos na identificação de defeitos de concepção nas centrais eléctricas e os estivesse a corrigir, este processo só estaria concluído até ao final de 2027.
As críticas de Mbeki vêm depois de residentes e empresas terem sofrido longas horas sem electricidade durante os blackouts progressivos. A Eskom colocou o país em diferentes fases de cortes de energia desde a semana passada, com a central eléctrica a passar para a fase 6 no domingo, que viu os sul-africanos sofrerem seis horas de cortes de energia por dia – por vezes mais.
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